sexta-feira, 19 de novembro de 2010


Ela estava no balanço, chorando. Ele chegou.
Sentou ao seu lado. Limpou as suas lágrimas. Tirou um sorriso tímido. A abraçou. Ouviu as reclamações. Os amores não correspondidos. E esperou. Um dia, conseguiu: um beijo. E depois uma declaração -eu te amo- disse a ela. Ela então, pega de surpresa, o olhou e disse o que nem mesmo ela sabia -eu também te amo- e eles se amaram, por um tempo que será eterno na lembrança de ambos.
Um dia ele teve que escolher, a felicidade dela longe dele ou continuar com ela mesmo fazendo mal a ela. E ele escolheu partir. Fez isso destruindo o coraçãozinho dela. Claro que ele chorou.
Agora sentava no balanço e ficava sozinha, chorando, e ele nunca chegava. 
Algum tempo depois não tinha mais importância, o que os separava ainda estava ali, mas já não fazia sentido, e então ele voltou. O que ele não sabia é que com o tempo ele havia mudado, e ela percebeu que havia algo que agora mudava tudo. Então ela fez o que pensou que jamais teria coragem. Disse a ele -eu não te amo mais-. Claro que era mentira e lá no fundo ele sabia. Afinal, o amor deles não acabava, não acabaria, nunca vai acabar. Mas ela precisava fazer por ele o que ele fez por ela um dia, mesmo doendo, e mesmo que ele a odiasse para sempre. Ela correu o risco.
Hoje, ele senta no balanço sozinho e chora. Espera ela chegar, e ela nunca chega.
Mas na verdade ela está bem ali, escondida atrás da árvore... chorando.