quinta-feira, 24 de março de 2011

to go away



Naquele momento ela soube. Soube que não havia mais nada para que pudesse continuar. Suportara com paciência a todas as faltas de respeito, porém aquilo não era falta de respeito. Aquilo era o fim. Tão declarado que doía na espinha dorsal. E ao mesmo tempo ela não sentia nada. Acabou. Não havia mais lágrimas. Não havia motivos pra chorar. Não havia coração acelerado ou pernas bambas. Naquele momento ela soube. Poderia perdoar qualquer injúria, porém não aquele tipo de insulto. Sentia-se excluída. Sentia que já não fazia parte daquela história. Mas, quando olhou ao redor, percebeu que ninguém fazia mais parte daquilo. Era uma história morta e vazia. Não havia mais nada. Então, com um súbito suspiro de saudade da saudade, pegou seu cobertorzinho e saiu, rumo a uma nova história, com esperança e fé. E tudo que viveu ficou para trás, encaixotado e enterrado, para nunca mais voltar!