terça-feira, 6 de setembro de 2011

Quantas vezes você já morreu?


          Quantas vezes você já morreu? Sério, quantas vezes em sua vida você acabou deixando um amor matar você? Os dias passavam lentos e as noites eram cheias de horror e pesadelos, você se sentia um zumbi, estava morta - mas continuava respirando. Passou primeiro pela fase da dor excruciante que nada fazia parar, e nada tinha sentido no mundo, e você tinha perdido a razão de sua existência. Depois, entrou numa fase na qual parecia que já estava morta, não sentia nem dor, nem tristeza, nem alegria, parecia um poço seco e vazio, não? 
          É assustador, eu sei. Você se sente perdida, solitária, perde noção de dia, mês, hora e prioridades. Até que, em um belo dia, você percebe que não dói mais. Você volta a sentir. Quer viver. Sair, se divertir, dar risadas, muitas risadas. Pois é, somos assim, vivemos de fases. E as fases boas sempre serão intercaladas por fases difíceis, ruins. Já pensou se tivessemos sempre dias felizes? Seríamos vazios, não daríamos valor a nada. A notícia que eu tenho pra você que está um pouquinho morta nesse momento, que sente muita dor - ou não sente nenhuma - é que um dia passa.
          Um dia você levanta e percebe que não dói mais. Você consegue escutar as mesmas músicas, passear nos mesmos lugares, e não sentir dor. Consegue lembrar sem querer se suicidar. E começa a procurar, assim timidamente, como quem não quer nada, um outro amor. E quando encontra, já nem lembra mais do que passou, pois só naquele instante que tudo passa a valer a pena. Pode ser que sim, que vocês sejam felizes para sempre, mas pode ser que não, e que mais uma vez você morra. Mas isso não importa. Tudo que você quer naquele momento é viver novamente um amor. 
          Então, amiga, nada de largar a sua vida - trabalho, faculdade e afinz - por um sofrimento. Nunca se esqueça que a dor é inevitável - o sofrimento é opcional e que na vida você morrerá muitas vezes, morrerá de amor, de fome ou de frio, mas nada, nada poderá superar a sensação de um dia olhar pra trás e dizer EU SOBREVIVI!