quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

just another history

Leia o post ouvindo a música do vídeo.



Mal entraram no quarto, ele a tomou em seus braços. O beijo era desesperado, ardente, e sem pensar muito tirou seu vestido tomara que caia branco. Ele a olhou e os olhos dela não o reprovaram. Pelo contrário, ardiam com um desejo tão insandecido quanto o dele. Ele olhou para o colar com pingente de coração que pendia reluzindo em seu corpo e então, com uma calma sobressaltada, apagou a luz. Quando a olhou novamente, ela já estava deitada, nua. Então ele deitou ao seu lado e ela o beijou, cheia de ternura e desejo. Primeiro, a boca. Depois, começou a beijar suas bochechas, o queixo... e então, os olhos! - Ah, -  pensou ele, - ela ainda se lembra! ... ela ainda se lembra que eu adoro quando ela me beija nos olhos! - Então ele a tomou nos braços e eles fizeram amor - com tamanha urgência que seria o melhor sexo de suas vidas por muitos e muitos anos. Ela sussurrava o tempo inteiro que o amava e ele dizia que não podia, não queria viver sem ela. Quando terminaram, exaustos, ela o abraçou e ele chorou. Ela disse: não meu amor, não chore, vai ficar tudo bem, eu te prometo. Então, deitados de conxinha, ele pediu para ela não o deixar nunca e dormiu, em paz pela primeira vez em tanto tempo. Ela chorou a noite inteira. Pela manhã, ele acordou e ela havia partido. Deixara apenas o laço branco de seu vestido, que esqueceu na pressa, e um bilhete, que dizia:
"Eu te amo,
Sinto muito!"