Senhoras e senhores que acompanham a minha vida por aqui desde 2008 (ou será 2009?), que viram meus posts sem noção de uma menina com a mentalidade de quinze anos (eu tinha 19 na época, mas estava recuperando minha adolescência perdida, por isso essa mentalidade horrível de 15 anos e gosto por certas coisas estranhas) até os meus posts atuais, menos infantis, mas que não deixam de ser sem nexo. Passei de uma menina clichê que achava Twilight bonitinho para uma menina (não sou mulher ainda hahaha) até um pouco mais sarcástica que odeia frases de efeito. Não gosto do óbvio. E com essa mudança surgiu outra: na minha carreira. No terceiro colégio eu não sabia o que fazer. No cursinho, eu mudava de ideia a cada mês. Queria música, mas meu pai disse que não me "paitrocinaria". Ele queria que eu fizesse Direito. Eu passei a odiar, pois pra mim Direito significava "fazer o que meu pai me obrigava = o que eu não queria". Conheci um pouco da área de diplomacia e curti. Conversei com um professor do meu cursinho imbecil que me disse que se eu fizesse Letras, poderia pegar fluência em um idioma e seria mais fácil entrar para diplomacia. Prestei Letras. Passei na USP. Passei na Unifesp também, pra Pedagogia (não me perguntem o motivo do curso) mas escolhi a USP. Comecei o curso. Conheci a Amanda, minha amiga mais fashionista até então. Diferente das meninas da FFLCH, que vão para a aula de chinelo, calça de pijama e camiseta de campanha de eleição (ta bom, desculpa, nem todas são assim) ela era fresca e vaidosa de um jeito bonito. No meio em que eu vivia, as meninas mais cools costumavam se afirmarem negando a moda. Convivendo com ela, comecei a conhecer que Moda não era apenas futilidade. No terceiro ano do curso de Letras na USP, eu e a Amanda já estavamos matando aula frequentemente. Odiávamos o curso. Íamos para a SaraivaMegaStore do ShoppingEldorado e líamos livros, olhavamos revistas e mais revistas. Comecei a me apaixonar, sem querer, por Moda. Ao final do terceiro ano ambas decidimos seguir rumos diferentes na carreira. Ela foi mais corajosa e abandonou a USP, matriculando-se em Direito (que sempre foi seu sonho) em uma instituição particular. Eu resolvi continuar com a faculdade e entrar para um técnico em vestuário, para conhecer um pouco mais. Fiz e curti muito. Apesar de muitas vezes ter me sentido um peixinho fora d'água, com tantas meninas que já tinha certeza do que queriam, iam vestidas para a faculdade como se fossem para uma festa, e eu na minha humildade aprendendo a conviver naquele mundinho hostil, sabia que aquele era meu lugar. Infelizmente, motivos pessoais me impediram de continuar aquele curso no SENAI e acabei trancando-o no segundo semestre. Quando tranquei, um vazio imenso se fez dentro de mim. Eu queria, finalmente eu tinha descoberto o que eu mais queria. Era Moda, sem dúvida. Tenho trabalhado desde então para me vestir melhor (lê-se para me vestir sem preguiça), arrumei um estágio na área de Letras, e finalmente me sinto pronta para começar uma faculdade de Moda. Eu me sinto pronta. Menos a minha família. Todos acham muito estranho a forma como eu mudei. Apesar disso consegui que minha mãe mãetrocine uma parcela de minha faculdade. Meu pai, que sempre foi contra minha decisão, concordou em me ajudar! Juntos, pagarão mais da metade da faculdade... Sabe aquela história do descubra quem você é e seja de propósito? Eu passei todo esse tempo descobrindo quem eu sou... e agora só quero ser isso.Não é pedir muito, é? Ainda estou me descobrindo em muitos aspectos, mas acho que os pontos mais importantes já estão postos:
descobri o garoto com quem quero passar o resto da minha vida - sem dúvida! Descobri a profissão que eu quero para o resto da minha vida também. O resto, amigos, a gente encontra. O importante é saber quem se é. E quando vocês lerem esse post, saibam que estou realizando minha matricula nesse momento... *.* Finalmente MODA. Portanto, parabéns para mim né?
ps.: se quiserem conhecer um pouco do meu mundo "profissional", visite o meu blog http://puuroglamour.blogspot.com/
