sexta-feira, 12 de outubro de 2012

130 anos

Caro é transformar-se num arremedo de si próprio a ponto de nem se reconhecer mais. Hoje eu tenho 130 anos, isso não estava nos meus planos, Você sabe, a desordem é tenaz. Tantos laços, tantas amarras, os controles, pretensões, nada adianta se o vento não soprar. Esse vento sob minhas asas, eu não mando mais em nada. Sei que é alto, mas eu vou pular! O que todos vão dizer, e aonde vão chegar, nem os olhos podem ver. Decidido, eu não volto pra casa, ao lar, ao corpo e todas as palavras, que a vontade, conseguir pensar. Segue o vento sob minhas asas, eu não mando mais em nada, sei que é alto mas eu vou pular. O que todos vão dizer, e aonde vão chegar, nem os olhos podem ver.